Começarei pelo WE 2 porque isso acabou ontem. E eu fui sozinha para a Creuse, França profunda, central, mais vacas que gente. Fui na casa de amigos. Que convidaram amigos. E eu acabei sozinha entre 7 franceses. Escutei e falei. Mas optei mais por ouvir que falar, mesmo que eles falassem do Brasil. Eles pensam de outra maneira. Eles se exprimem de outra maneira. Eu admiro da minha maneira. Que prazer escutá-los, que desafio de compreende-los a todo momento. Por que não se pensa como eu, o esforço para acompanhar o raciocínio é maior. E lá fui eu, a escutar sábias palavras, frases que eu jamais construiria, não pela ideia, mas pela língua. não por falta de palavras, mas por uma questão de organização.
Sinto que os franceses quando se encontram conseguem discorrer em 3 parties seu pensamento. Caramba! quanta ordem, enumeramento de ideias e conclusões originais. Meu pensamento se constrói mais no momento que na antecipação. Por isso escuto. Escuto e aprendo com meus dois interlocutores filósofos que se degladeiam com conceitos. Que querem dar a conhecer seu ponto de vista e convencer talvez o numero 3 do diálogo, eu. Chutes, vos amo, vos tento entender, vos escuto a cada som que não consigo pronunciar, sonho na sua língua, sou eu que falo bem então ou são vocês que falam com sotaque no meu sonho?
língua é meio e forma de cultura. quero saber o mistério do pão e do vinho.
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